quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Das estrelas que não caem

Amo os finais de tarde, talvez mais que a noite ou você.

Olhar pra cima sempre foi tão fácil, nesta mesma hora; mesmo que as luzes daqui brilhem tão fracas... E as estrelas sempre gritam o passado em músicas antigas, se movendo devagarinho em cima de meu bairro. E eu gosto delas por serem agridoces realidades penduradas, sempre tentando me convencer de que meu mundo ideal está logo ali, dobrando a esquina. Mas auto lá, porque são as crianças mais sábias e anciãs. Fadas, pregando peças.

Eu sempre rio e desafio: no meu mundo ideal, minhas caras, vocês caem uma a uma, sete a sete, sem direções ou metas; morrendo em rastros mágicos que enfeitam e fazem e desfazem.

Brilham.

Realizam desejos.