sexta-feira, 27 de março de 2020

27/03/2020 - A Loja

Minha ideia tem sido usar a quarentena para fazer tudo o que eu não pude fazer nas minhas férias em janeiro: tocar e ler, com certeza; mas mais que isso eu queria mesmo é praticar os exercícios energéticos e projetivos sobre os quais tanto li e que tanto tentei praticar em 2019.

Todos esses dias em casa foram bem sucedidos nesse sentido. Eu pratico, eu sinto energias, eu traço estratégias e detecto fraquezas... mas sem resultados. Isso é que me frustra bastante, uma vez que não quero apenas lembrar de sonhos. Enfim:

Ontem a noite a energia estava diferente, eu estava bem leve, muito de boas. Consegui fazer uma autoaplicação de Reiki que foi muito gostosa, e pude relaxar antes de dormir. Aliás, fiz uns exercícios de fortalecimento de canais de energia, sem muitas expectativas - e não vou mentir, acabei tendo de  longe uma das experiências mais marcantes até agora.

Como sempre, começou num sonho. Eu estava num shopping meio deserto, vendo diversas coisas. Passeando por uns lugares estranhos, vendo umas lojas esquisitas (risos) até que fui subindo os andares e me dei conta de que eu não estava mais no shopping.

O lugar em que eu me encontrava eu associei com um hospital nos andares superiores de um shopping. A vibe ali era outra: corredores largos, com abóbodas. O local era  todo meio azulado/lilás e era mais escuro que claro - mas um escuro aconchegante e silencioso. Se vi pessoas, foram umas duas ou três. Mas não posso afirmar que vi.

Foi andando por ali que me deu um estalo e tudo ficou escuro. Comecei a sentir o desprendimento, como uma decolagem. Fiz um esforço grande para manter a calma, porque o misto de excitação do "tá rolando" com os medos que acompanham o processo tornam tudo isso uma coisa LOUCA. Mantive a calma dentro do possível, mesmo sem enxergar nada e sentindo apenas o movimento que na minha percepção era para cima.

No meio do escuro tentei diferentes técnicas, começando pelas do William Buhlman. Mentalizei palavras e frases como "clareza, agora", "luz!" e tentei focar no centro da minha testa, como se eu fosse exteriorizar energia por ali, pra ver se surtia algum efeito. Não sei qual dessas coisas de fato funcionou, mas sei que também pedi ajuda a quem estivesse por perto, e pedi num tom bem de desistência mesmo, porque toda vez é isso: saio e fico no escuro. Acho que meu desânimo era palpável, porque foi daí que aconteceu.

Simplesmente tudo se abriu, e eu estava num quarto, bem na beira de uma janela. O céu estava absolutamente azul, havia carros passando numa rua lá embaixo, numa orla que me remete à Copacabana ou Ipanema. O quarto era bem colorido, com umas cortinas super estilosas, com umas tiras do que parecia paetê. Fiquei confuso porque me remetia ao apartamento em que vivi quando pequeno, mas era minha posição em relação à janela que me remeteu a isso. Eu fiquei MUITO feliz de conseguir enxergar tudo, era tudo muito forte. Como se fosse HD. A definição era tanta, a clareza era tão surreal que eu não tive nem coragem de me debruçar na janela ou tentar voar dali, era tudo muito real - mais real que no físico, como tanta gente fala - tão real que eu não queria arriscar cair da janela e morrer. Vai que eu estava no físico. Era essa a percepção. As cores, a definição das coisas. Tudo muito, mas muito claro. Na mesma hora precise olhar para minhas mãos e elas simplesmente iam desaparecendo pelos dedos. Derretendo. A regra é clara. Gritei de emoção. Estava ali mesmo. 

Rapidamente cheguei a um outro cômodo, que me parecia uma loja (?). Consigo lembrar de muitas coisas coloridas: almofadas, panos, vasos, plantas, umas esculturas de madeira... Tudo gritava a vibe Brasil, como se fosse uma loja de souvenirs meio chique.

No centro dessa sala, no meio de uns balções de madeira havia um rapaz negro, com uma bata meio de onça ou algo parecido. Cabelos cacheados amarrados meio pra cima, e olhos que me pareciam ser meio cor de mel. Bonito, e eu simplesmente sei (não sei como) que ele é/era gay. Estava como se fosse no caixa da loja e assim que entrei me olhou meio desconfiado, meio apreensivo, basicamente sem piscar.

Me aproximei muito animado e perguntei algo. Não lembro o que perguntei porque: 

1) Não conseguia falar muito claramente - não tinha boca ali, certo? Não entendo ainda a mecânica disso tudo. Tenho a impressão de ter perguntado se eu estava no Brasil. Não tenho certeza.

2) Ele não entendeu a pergunta e continuou me olhando. Não disse nada. Deu uma sensação de que eu estava quebrando algum protocolo, gerando uma situação na qual ele não sabia como agir.

Ao lado dele, sentada no chão trabalhando em alguns quadrados de pano, estava uma mulher fisicamente parecida com ele. O que eu entendo é que ela estava ali pintando aqueles panos de cor bege escuro (talvez fossem capas para almofadas? Não sei. Era um tecido grosso, tipo de saco de grãos) eles eram desbotados com diferentes cores, e ela estava segurando (ou tinha em frente a ela) um com tons de vinho.

Me aproximei quase instintivamente e disse "que bonito, o que você está fazendo!" e boom, tudo ficou escuro. Ela me olhava também com certa desconfiança, como se, caso eu quisesse fazer algo, eu fosse ter vantagem... Mas na verdade ela me passou um sentimento de intimidação, e imediatamente após me aproximar não me senti seguro. Senti um pouco de medo.

Nessa escuridão que voltou tentei emitir energia na direção dela, mas eu já estava na paralisia, aqui no quarto... Então me movi, peguei o celular e gravei logo a experiência.

Fiquei arrepiado por uns bons 5 minutos; e agradeci quem quer que tenha me ajudado a abrir a visão lá. Porque entendo que alguém o fez.

________

Considerações:

Eu estava com ALGUMA lucidez, mais do que jamais tive fora do corpo e fora de casa (naquele relato em que fui até a sala eu talvez estivesse mais lúcido que aqui). Digo isso porque apesar da felicidade de estar lá e sabendo de tudo, não consegui fazer o que eu queria que é parar e dizer: meu nome é Henrique, hoje é sexta-feira e eu moro na Tijuca). Minha meta é conscientemente dizer isso e continuar lá onde eu estiver, aproveitando a experiêcia.

Ainda assim, senti o desprendimento, olhei as mãos, comemorei e tentei explorar.

Sucesso.

sábado, 21 de março de 2020

21/03/2020


O lado bom do confinamento/quarentena até agora tem sido a oportunidade de ler/estudar a projeção astral da forma como eu queria ter estudado nas férias - algo que não fiz devido a um curso (ou seja, não tive férias).

Mal tenho lembrado dos sonhos, mas pelo menos consegui por esses dias trabalhar energias e sentir certas coisas...

O relato de hoje é curto, apenas para não passar em branco:

Em algum ponto da noite, no meio ou no fim de um sonho, um pontinho de consciência me veio, e eu pude sentir um leve E.V., que eu tentei controlar sem sucesso.

Essa lembrança é vaga e pequena, mas já é um passo à frente em relação aos últimos dias.