sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

When dreams won't do


"Journeys end in lovers meeting."
Shakespeare

And as I close the songmeanings page once open on "Black Balloon" I feel sadder than before. I like this song because of those beautiful lines that go about 'the lies they always told you, and the love you never knew..."- This is a song about drugs, afterall; therefore I can realize that it's not about us. I mean, it's not about us, but I could fucking swear those lines were written to me. It's the story of my life. Or at least the story of my loveless-love-life. Something like an epilogue. What a load of crap, right? There are no songs about me. Or you. Or us. And as I open the blank page in which I'm going to struggle to write I can already feel that oppressive feeling in my chest, twisting in my heart. What a stupid nasty little image that of a heart being torn apart. By a feeling, you see?! A freaking feeling the has grown so freakishly strong! How romantic - in the most terrible, cheesy way. But anyhow, it's here and it's true. Can you feel the power of the word true? I knew it was true the very first time I caught myself actually paying attention to a conversation about nano-technology used in solar reactors in order to produce hydrogen (and I really did get it!). No, no, no, that would be a lie. I knew it was true when I first saw you. I just didn't think, you know. You were right there, in front of me, so... simple and lovely - mesmerizing. I knew it right there, feeling so raw and bare and painfully real. The sight of you left all of my butterflies in a poisonous reverie. A beautiful storm in my chest and soul. And I close my eyes and It's all I can do to see your mouth, and that damn scar of yours screaming for my kisses. And those eyes... That won't see me.

And I cannot even blame you, see? Dude. It's all on me. I may have taken your heart for granted, as I myself took my body for granted... And whether I like it or not, we all know everything comes down to bodies, most of the times. Man, I took life for granted once again. That's how it goes for me - that's how I roll. Not always, let's be sincere. But when it comes to this, a second time is just about enough. And now I can feel tears almost coming to life on my face. Embarrassing. And I brought this on me, didn't I? Why do I keep doing this? What the actual fuck is wrong with me? Always aiming too high, always trying to reach that which is obviously not meant for my eyes. Or heart. Well, for all I know, that's it. This is the last stab I'll take with the little pride I still have. I'm done with taking chances. Was it just my imagination? I was never meant for you, then? I was never meant for this.

Damn, I did fall so bad. I have never fallen so bad. And now I need to work my way back out and up - or down! - again to the real world. I'm just never enough. I'm just... me. Regardless of how many fucking gyms I join or haircuts I get. I'm just Wrong. I'm weird, uninteresting, unattractive, weird, broken, silly, awfully insecure, weird, silly again, weird again and hopelessly - oh, so hopelessly - romantic.

I'm standing right here.

And it should be the perfect equation, you know? I can perfectly picture the sunset on the beach, you walking up to me, totally shy but still saying it's ok, little dude [you're always calling me that - not sure I like it, though.] we gotta go and try this for ourselves. I want this too. - And only then I would kiss you for the very first time and my life would be complete. But that's just so fucking lame. I feel so fucking lame.

And I guess that, in a nutshell, what I'm trying to say is... (Ok, I heard this once and never thought I would say that but...) here it goes: well, to me, you are perfect.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Das estrelas que não caem

Amo os finais de tarde, talvez mais que a noite ou você.

Olhar pra cima sempre foi tão fácil, nesta mesma hora; mesmo que as luzes daqui brilhem tão fracas... E as estrelas sempre gritam o passado em músicas antigas, se movendo devagarinho em cima de meu bairro. E eu gosto delas por serem agridoces realidades penduradas, sempre tentando me convencer de que meu mundo ideal está logo ali, dobrando a esquina. Mas auto lá, porque são as crianças mais sábias e anciãs. Fadas, pregando peças.

Eu sempre rio e desafio: no meu mundo ideal, minhas caras, vocês caem uma a uma, sete a sete, sem direções ou metas; morrendo em rastros mágicos que enfeitam e fazem e desfazem.

Brilham.

Realizam desejos.


domingo, 28 de agosto de 2011

Platônico

Neste momento, o celular nada mais é do que um escudo. Digito mensagens para ninguém e leio mensagens recebidas há dias, evitando e desejando seus olhos sobre mim. Que ironia de mentira, te encontrar aqui. Eu sabia que isto ia acontecer e eu vim mesmo assim. Eu quis essa ironia. Óbvio. Sou bobo e inseguro e fofo de mais, mas sei o que quero e quando quero. E hoje, meu caro, eu queria mesmo era ler todos os seus pensamentos. Ler todos os livros que você já leu e ouvir todas as músicas que te acalmaram em noites frias e quentes. Alegres ou silentes. Quase consigo ouvir suas letras, mas sempre à distância, nunca perto ou visível, como agora. Devo sorrir? Não. Eu preciso focar na conversa sobre o frio, no papo sobre a Itália. Nas vozes que já coloriam minha vida muito antes de você e seu silêncio.

Acho que você sempre soube o quanto esperei por este momento. Será? Ajeito o cabelo vez ou outra, me perguntando se de fato você estaria me vigiando enquanto eu finjo olhar para outro lugar; enquanto lembro de olhares distantes e curiosos e acidentais. De um encontro específico, para ser sincero, em um dia quente como o inferno, lembra? E como eu amo os encontros acidentais. Gosto de pensar que nós, com nossas secretas estrelas cadentes e pétalas da sorte, transformamos certos sonhos em realidade. E você aqui, agora, diante de mim, é exatamente isso. Tão real e incontrolável quanto estas borboletas em meu estômago. Tão real e imperfeito. E tão onírico. Finjo ouvir conversas, rio sinceramente e tento em vão pensar dez mil vezes antes de falar qualquer coisa. Sempre me traindo, eu apenas me pergunto e me respondo e me pergunto novamente. Sonho.

Queria tanto saber de cada detalhe de seus sorrisos; e desvendar as mensagens que há tanto tempo quero ler nos cantos desses olhos que me deixam nu diante de mim mesmo. Cru e nu, em puro desejo e curiosidade. Despido em pleno inverno, numa sala de espelhos. Queria falar, tocar... Queria entender.

Sua boca, suas mãos... E os seus olhos. Não saberia dizer se são eles em si que me atraem. Talvez o falso silêncio deles. E a escuridão, sem dúvida. É esta escuridão, sim, eu tenho certeza; sempre tão inerente a eles. Essa melancolia secreta sobre a qual eles cantam, como se o simples fato de sua existência fosse um duro fardo que você secretamente carregasse, mas que aos meus olhos salta, óbvia e guerreira, como o sol escaldante que queima na superfície da baía em um típico dia de verão. Uma tristeza singela, talvez leve. Dessas fundamentadas em pilares profundos que só quem ama conhece. Uma tristeza linda e, por isso mesmo, mais linda do que triste. É ela que me atrai. É ela que sempre me atraiu.

As músicas mais bonitas sempre, sempre são as mais tristes. Vai ver é isso. Eu não resisto a uma melodia triste. E sempre prefiro as baladas, sabia? Mesmo com um coração manchado, eu sempre vou atrás delas. Será que temos a nossa? Você realmente me ouviu? E se me ouviu, o que pensa? Que ridículo, este papel. Tosco.

Prometo a mim mesmo parar de agir como uma criança exagerada e levanto, desarmado. Entre sorrisos e promessas curtas, me despeço num gesto mais que esquecível, que pra mim dura cinco horas, e sigo vazio, num descaso tão oco quanto meus passos. Te deixo pra trás com os outros, agora apenas vozes, na eterna dúvida certa de não ser suficiente. Mas largo em seu colo meu coração vazio; e sigo assim, leve e apaixonado, com o medo de perder aquilo que nunca tive.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Traços

Hoje senti seu cheiro na brisa da baía.
Veio assim, bem de leve, de algum lugar do futuro,
num prelúdio da realidade em que este sonho há de se tornar.

Vi teu jeito tímido e a confiança que suas mãos de pianista inspiram.
Seu cabelo ondulado num fim de tarde chuvosa e suas roupas, sem propósito algum,
jogadas na cama. Seu sorrir sem querer. Meu bem querer sem querer.

Vi nossa cumplicidade, tão forte a ponto de, mesmo agora - antes de sequer existir - já me atingir assim, em lugares tão escondidos.

Há uns que sonham e outros que sabem. Eu sei. Simplesmente sei.
E te espero há tanto tempo.
Com tanto a ser dito,
E tanto tempo...

Tudo isso aqui, anjo, em mim.
E você no vento.

Sempre chegando.