terça-feira, 1 de outubro de 2019

1/10/2019

Acordei à meia-noite, depois de duas horas de sono e ter sonhado bastante com minha antiga casa. Banheiro, um pouco d'água e porta entreaberta para o gatinho entrar. Ter o gato no quarto me deu uma falsa sensação de companhia, já que após alguns minutos ele estava encarando o vão da porta e eu surtei de leve risos.

Porta fechada, nada de música. Apenas me concentrei em dormir... E eu provavelmente dormir é o que fiz, só não sei por quanto tempo

Entre o dormir e acordar, em algum momento, senti aquele peso característico e um movimento prestes a ocorrer. Vai rolar, pensei. E bam, saí. A sensação foi novamente de sair girando, como se eu  tivesse saído por um redemoinho, lançado para cima. Dessa vez, não dei mole. Me imaginei indo para frente, na direção da porta do quarto, em vez de para cima, como no sábado. Não queria perder o impulso.

Na mosca. Do escuro pude ver surgindo meu corredor, o móvel de DVDs, o banheiro aberto e a porta fechada do quarto dos meninos. Foi como se isso surgisse de uma névoa escura. Não senti passar pela porta (que estava fechada); Na mesma hora corri para a sala, eufórico. Estava de fato tudo escuro; e pude notar uma poltrona diferente, cinza, maior que a nossa e na parede oposta à porta. Tudo estava naquela luz meio azulada (típica iluminação natural noturna), e as luzes também estavam desligadas. Eu tinha pouco controle do meu corpo, mas ainda assim mais controle do que achei que fosse ter.

Ao chegar na sala, tive o ímpeto de impostar as mãos em diferentes direções, com receio de ter alguém ali e já deixar claro que estava consciente. A euforia era palpável. Não senti medo.

Em um ou dois saltos meio desajeitados, corri até a porta do banheiro e de lá decidi retornar, satisfeito. Mal pensei nisso e boom, já estava de volta na cama, sorrindo.

Finalmente um progresso mais concreto.

(Nota mental: Olhar para as mãos quando estiver do lado de fora. Esfregar as mãos na frente dos olhos. Focar em algo do ambiente.)