Saí do curso feliz, sentindo minha cabeça leve e a mente solta - provavelmente por conta da sintonização realizada. Tomando um café com meu namorado, ri bastante, satisfeito. Um típico sábado, uma tarde gostosa. Segui para casa, e tudo estava tudo bem. Na outra vez, na minha primeira sintonização do reiki, senti forte dor de cabeça por várias horas. Essa claramente era tranquila. Ou parecia.
Dentro de mais ou menos uma hora, depois de um bom banho, chegou o sono inevitável. Como um imã, fiquei em minha cama, dividido entre ir pra social com meus amigos e ficar onde estava e apenas apagar - algo ironicamente impossível apesar do peso no corpo. Eu estava oficialmente derrotado, com o corpo lento e a sensação concreta do que estava para ocorrer. Era natural que as movimentações energéticas do dia me afetassem, mas tão rápido? Dessa forma?
Deitei de bruços pela quarta vez, decidido a apagar. Sinto minhas mãos formigando. Tento focar. Os meninos estão no quarto ao lado jogando vídeo-game. Barulho. Formigamento. Vão fazer minha caveira se eu não for pra social. Formigamento. Alguém perdeu no jogo. Formigamento. Peso no braço direito. Formigamento. Eles berram mesmo. Formigamento. Então escorreguei. Assim, como quem cai num buraco. Deslizei para o meu lado esquerdo, como alguém que não soube se segurar. Choque.
Uma obervação: quando eu tinha dezoito para dezenove anos, decidi um dia tentar induzir uma projeção astral. Já havia tido algumas experiências impactantes (procurar a tag Oníricos aqui no blog), todas espontâneas até então. Aquele dia decidi ver qual é: peguei meu pentagrama e amarrei no pulso (rs), botei meu CD de relaxamento e respirei, respirei... Visualizei bolas de energia, lancei-as pra cima e pra baixo por não sei quanto tempo; e quando ia começar a dormir, ouvi meu coração. Após alguns momentos, ele cresceu. E cresceu mais. E se transformou num tambor cada vez mais alto, culminando num woosh coroado por um silêncio absoluto. E lá estava eu, fora do meu corpo.
Naquela tarde vi que tudo era real. Pensei em ir para cima e subi. Encostei no teto da beliche, mentalizei descer, desci e voltei. Levantei satisfeito. Havia deitado, passado por isso e levantado. Tudo sem interrupções na minha consciência. Chocado com meu sucesso, mas não surpreso. A vivência traz essas coisas.
Mas aqui, não. Hoje, o choque é outro. Cresci ouvindo relatos de sons intracranianos, estalos, vibrações... E minhas experiências sempre haviam sido silenciosas. Eu sempre despertei já do lado de fora, com exceção daquela tarde. Até hoje, anyway.
Ao deslizar me senti caído num poço de energia elétrica, algo que tomou conta de todo meu corpo de forma muito forte. Não se trata de uma energia que subia ou descia, ela estava toda ao meu redor, passando por dentro de mim. Eu era essa energia. A sensação é que eu estava girando. Ou algo dentro de mim estava. Wommm wommm wommm, vvvvvvvvvvvvvvv - uma turbina de avião dentro da minha cabeça - vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv wommm wommm wommm. vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv. Uma panela de pressão, sem a pressão. O som era estupidamente alto, maior que eu. Maior que meu quarto. Havia um som mais agudo também, dentro da minha cabeça.
Quisera eu poder dizer que corri dessa situação porque achei que fosse morrer, que meu coração ia parar. Ou talvez me esconder atrás dessa turbina imensa que soava em minha cabeça. Não. Toda essa experiência foi perdida por conta de três letrinhas. Três adagas que ecoaram dentro da minha cabeça, vindo de fora.
Equanto eu tentava me situar em meio a tudo aquilo, elas vieram. Encobertas por voz masculina assertiva, direta, seca, que me disse: sai.
Sai, como alguém que está sem paciência ao ver uma criança não conseguir um problema muito simples. Sai, me foi dito uma segunda vez. Aquilo realmente estava acontecendo. Era um homem ao lado da cama? Era alguém atrás de mim?
Essas questões - nah, essa questão - é algo que me permeia desde sempre. Nela, medo e fascínio, vulnerabilidade e ego, andam de mãos entrelaçadas. Em poucos meses de volta ao estudo e às práticas tive acesso apenas a algumas catalepsias e uma saída « às cegas »; então por um lado meu medo e meu choque podem ter um fundamento e fazer sentido. Mas a verdade é que a frustração de ter corrido do estado vibracional é maior. Após tantos anos, cheguei à porta dessa realidade que tanto me chama, desde sempre... e fugi.
Uma obervação: quando eu tinha dezoito para dezenove anos, decidi um dia tentar induzir uma projeção astral. Já havia tido algumas experiências impactantes (procurar a tag Oníricos aqui no blog), todas espontâneas até então. Aquele dia decidi ver qual é: peguei meu pentagrama e amarrei no pulso (rs), botei meu CD de relaxamento e respirei, respirei... Visualizei bolas de energia, lancei-as pra cima e pra baixo por não sei quanto tempo; e quando ia começar a dormir, ouvi meu coração. Após alguns momentos, ele cresceu. E cresceu mais. E se transformou num tambor cada vez mais alto, culminando num woosh coroado por um silêncio absoluto. E lá estava eu, fora do meu corpo.
Naquela tarde vi que tudo era real. Pensei em ir para cima e subi. Encostei no teto da beliche, mentalizei descer, desci e voltei. Levantei satisfeito. Havia deitado, passado por isso e levantado. Tudo sem interrupções na minha consciência. Chocado com meu sucesso, mas não surpreso. A vivência traz essas coisas.
Mas aqui, não. Hoje, o choque é outro. Cresci ouvindo relatos de sons intracranianos, estalos, vibrações... E minhas experiências sempre haviam sido silenciosas. Eu sempre despertei já do lado de fora, com exceção daquela tarde. Até hoje, anyway.
Ao deslizar me senti caído num poço de energia elétrica, algo que tomou conta de todo meu corpo de forma muito forte. Não se trata de uma energia que subia ou descia, ela estava toda ao meu redor, passando por dentro de mim. Eu era essa energia. A sensação é que eu estava girando. Ou algo dentro de mim estava. Wommm wommm wommm, vvvvvvvvvvvvvvv - uma turbina de avião dentro da minha cabeça - vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv wommm wommm wommm. vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv. Uma panela de pressão, sem a pressão. O som era estupidamente alto, maior que eu. Maior que meu quarto. Havia um som mais agudo também, dentro da minha cabeça.
Quisera eu poder dizer que corri dessa situação porque achei que fosse morrer, que meu coração ia parar. Ou talvez me esconder atrás dessa turbina imensa que soava em minha cabeça. Não. Toda essa experiência foi perdida por conta de três letrinhas. Três adagas que ecoaram dentro da minha cabeça, vindo de fora.
Equanto eu tentava me situar em meio a tudo aquilo, elas vieram. Encobertas por voz masculina assertiva, direta, seca, que me disse: sai.
Sai, como alguém que está sem paciência ao ver uma criança não conseguir um problema muito simples. Sai, me foi dito uma segunda vez. Aquilo realmente estava acontecendo. Era um homem ao lado da cama? Era alguém atrás de mim?
Essas questões - nah, essa questão - é algo que me permeia desde sempre. Nela, medo e fascínio, vulnerabilidade e ego, andam de mãos entrelaçadas. Em poucos meses de volta ao estudo e às práticas tive acesso apenas a algumas catalepsias e uma saída « às cegas »; então por um lado meu medo e meu choque podem ter um fundamento e fazer sentido. Mas a verdade é que a frustração de ter corrido do estado vibracional é maior. Após tantos anos, cheguei à porta dessa realidade que tanto me chama, desde sempre... e fugi.
Ouvi a fatídica frase pela segunda vez e imediatamente foquei nos dedos dos pés e recuperei meus movimentos, ainda um pouco tonto. Assustado. Imediatamente arrependido de não ter mantido a calma. Imediatamente arrependido de ter chamado meu namorado, a essa altura rindo do que eu tentei relatar.
Por um lado, o arrependimento; por outro, a alegria de ter dado um passo a mais na direção que desejo.
Na próxima vez, eu saio. Mesmo.
Na próxima vez, eu saio. Mesmo.
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