quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

25/02/2020

Carnaval, sempre uma aventura. Eu tentei ser o mais responsável possível, mas não nego que o foco foi ser responsável fisicamente - meaning, com meu corpo físico; e não estou dizendo que fui bem sucedido. Ou que o físico não esteja ligado às outras esferas que nos circulam... Enfim, fato é que ficamos em casa descansando dos outros quatro dias épicos de selvageria e diversão. Foram dias selvagens mesmo, mas foi o melhor carnaval.

Eu já estava estava entregue às questões mais terrenas desde janeiro, por conta de um curso pesadíssimo que fiz, então eu sabia que só voltaria a pensar nas coisas "de lá" após o carnaval. Eu queria me entregar 100% a essa festa, aproveitar tudo, sem culpa.  E o fiz.

No fim da tarde do quinto dia, após uma preguiçosa sessão de filminho e ressaca em casa com os amigos, eu estava pseudo-cochilando no sofá e senti que ia sair ali mesmo, no meio das pessoas. Já deveria ter estranhado. Superei essa quase projeção pois passei muito mal. Vômito, cansaço, vômito... Por fim perdi meu quinto dia e fiquei em casa, tomei um banho, deitei e foi instantâneo: catalepsia. 

Geralmente - aliás, 100% das vezes - em que caio em catalepsia, eu consigo sair dela focando em mover um dedo do pé. Desta vez, isso não teve o menor efeito. E foi uma catalepsia longa. demorada. O processo ocorreu várias vezes mesmo, foi meio assustador. Eu claramente sentia que eu entrava em outro estado, e minha principal pista era audição, que se fechava, como se eu caísse num grande vácuo. Eu tentei falar mantras, chamar pessoas, gritar... Coisas que geralmente não faço. Em um dado momento havia até uma fumaça ao lado da minha cama (não é a primeira vez que vejo algo assim). Acredito que era alguém que estava auxiliando  ou na verdade tentando me tirar disso. Até porque eu estava ali chamando por amparadores, guias etc (risos)

Por fim eu estava no ar, sendo lançando. Ou puxado. E eu sentia claramente uma mão em cada uma das minhas canelas. Alguém estava pendurado (?) em mim, me levando ou me seguindo até algum lugar.

Lembro de uma espécie de loft, um grande apartamento, uma luz meio quebrada, como se houvessem várias lâmpadas espalhadas pelo espaço. Uma luz aconchegante, e música brasileira tocando. Era um baile, talvez de carnaval (!). Lembro de me sentir alegremente intrigado, porque enfim consegui sair e estar em meio a outras consciências, e eu não estava com medo.

Lembro de tentar abordar algumas das pessoas, mas sem sucesso, e lembro de ter dificuldade de ver seus rostos.

Nessa noite houve uma segunda projeção, fui levado a outro local, mas não consigo me lembrar.

Esse registro mal escrito e corrido está aqui apenas para isso: registrar que mais um evento consistente ocorreu.



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